- O WWF-Brasil realizou, em conjunto com o Instituto Superior de Estudos da Religião (Iser), uma pesquisa diferente sobre a Floresta Amazônica: desta vez, a palavra foi da população local e o que ficou evidente foi a preocupação com a preservação da floresta, antes de qualquer outro interesse, como empregos ou melhores salários. Quase 70% afirmaram que o progresso da região não é mais importante do que a conservação da natureza. Para 46% dos entrevistados, a prioridade da região amazônica diz respeito ao uso sustentável dos recursos naturais, através da preservação da floresta e do ecoturismo, por exemplo. Além disto, mais da metade da população ouvida alegou não estar disposta a ter mais poluição em troca de mais empregos. A idéia de desenvolvimento sustentável ainda não é dominada, mas quem tem noção do que é parece simpatizar com o conceito. A população, apesar de ser favorável à construção de estradas e hidrovias, por exemplo, preferiria se estas atividades fossem realizadas de maneira planejada, para reduzir os impactos ambientais. Segundo os pesquisados, os maiores problemas ambientais da região amazônica são o desmatamento e as queimadas, embora haja ainda regiões em que a falta de saneamento básico seja preocupante. Os madeireiros parecem ser os inimigos da floresta, pois 57% não acham necessário cortar madeira para a Amazônia se desenvolver. Os moradores locais também observam as mudanças negativas na floresta, como a diminuição das árvores e a redução no número de aves, mamíferos, peixes e tartarugas.
A pesquisa foi realizada em 2000 nos estados do Acre, Pará e Rondônia, com base em dados do Censo Demográfico do IBGE. Foram ouvidas 2049 pessoas.
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