contador de visitas

você é nosso visitante de Nº Contador de visitas obrigado por sua visita!!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Uso da embalagem pet em debate

A poluição dos cursos d'água com embalagens pet começa a ser solucionada. Levantamento feito pela Abipet mostra que 230 mil toneladas de PET (o equivalente a 5 bilhões de garrafas de dois litros) já são recicladas no Brasil. Esse volume aumenta à taxa de dois dígitos anuais – entre 2006 e 2007, cresceu 18,6% – e coloca o País entre os líderes mundiais de reciclagem de PET.

Interesses comerciais prejudicam o debate consciente sobre as Embalagens de Pet
12/8/2008

A exemplo do que ocorreu com os refrigerantes, uso da embalagem beneficiaria a concorrência no mercado de cervejas
O mercado de refrigerantes passou por uma revolução desde meados da década de 1990, com a chegada das embalagens de PET no Brasil. Novas – e pequenas – empresas entraram nesse segmento ou conseguiram aumentar sua participação, oferecendo produtos mais baratos.

O consumo cresceu exponencialmente, pois a bebida passou a caber no bolso da população de menor poder aquisitivo e o número de empresas fabricantes saltou de 150 para 850, de acordo com dados da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras).
Isso aconteceu porque o PET facilitou e derrubou o custo de produção da embalagem e tornou a logística de distribuição menos complexa. Muitas empresas sequer existiriam sem o produto. “Observamos a democratização do mercado de refrigerantes, onde pequenas empresas são capazes de competir com grandes companhias, oferecendo novas opções e sabores ao consumidor”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), Alfredo Sette.

Mercado de cerveja
Mas, se o uso do PET é admitido no segmento de refrigerantes, o mesmo não ocorre quando o assunto é o envase dos mais de 9 bilhões de litros anuais de cerveja produzidos no Brasil. O presidente da Abipet lembra que, neste caso específico, a embalagem é criticada e combatida por meio de iniciativas que, sob a declarada intenção de preservar o meio ambiente, só contribuem para proteger participações de mercado já consolidadas, prejudicando o consumidor. “Os grupos cervejeiros que criticam o uso do PET para a cerveja no Brasil são os mesmos que utilizam essa embalagem nos mercados da Europa e Estados Unidos, para ganhar competitividade.”
Pequenas cervejarias estão prontas para utilizar o PET como embalagem e, possivelmente, promover o mesmo efeito de mercado verificado com os refrigerantes. “Ainda assim, sabemos que esse novo produto (cerveja em PET) atenderia nichos específicos, como festas, eventos esportivos, shows e outras modalidades onde existe grande concentração de público”, explica Sette.

Meio ambienteEstudos técnicos realizados por instituições de renome nos Estados Unidos concluíram que as embalagens de PET são extremamente amigáveis em relação ao meio ambiente, pois obtiveram posição de destaque na Análise do Ciclo de Vida. Esses estudos abrangem desde a extração da matéria-prima até a entrega da embalagem, cobrindo também a distribuição do produto envasado e a reciclagem.
Além disso, levantamento feito pela Abipet mostra que 230 mil toneladas de PET (o equivalente a 5 bilhões de garrafas de dois litros) já são recicladas no Brasil. Esse volume aumenta à taxa de dois dígitos anuais – entre 2006 e 2007, cresceu 18,6% – e coloca o País entre os líderes mundiais de reciclagem de PET. Para a Abipet, o que falta é vontade política para trabalhar em prol de programas efetivos de coleta seletiva do lixo urbano.
Por meio do trabalho realizado pela entidade, desde 1995 vem sendo criada uma forte demanda pelo PET reciclado no País. A indústria têxtil, principal usuária, desenvolveu várias fibras, destinadas a inúmeras aplicações, tais como carpete automotivo e residencial, tecidos, malhas, edredons, travesseiros, cordas etc. Isso comprova que é possível reciclar e até exportar produtos originados desse processo.
“Contamos com uma indústria de reciclagem vigorosa, que gera empregos e hoje seria capaz de processar mais de 30% acima do que já é reciclado, o que não ocorre por deficiência na coleta. Esse fato indica que existe uma estrutura pronta e mais do que suficiente para dar destinação adequada a novas garrafas que eventualmente sejam fabricadas. Apesar dessa evolução, ações específicas contra o PET são colocadas para a sociedade de maneira distorcida e sem lógica”, destaca o presidente da Abipet.

Uma decisão da Justiça Federal de Marília (SP) estipula que as empresas só poderão envasar a cerveja em garrafas de PET após a realização de EIA-RIMA. Projetos de lei estaduais e federais também buscam proibir o uso de garrafas de PET em geral ou apenas no segmento de cerveja e outras bebidas alcoólicas. Para a Abipet, as embalagens descartáveis deveriam ter uma política comum a todos os materiais.
A entidade vem questionando parlamentares e autoridades sobre a razão dessas ações serem direcionadas apenas ao PET. “Temos perguntado porque as outras embalagens descartáveis não sofrem as mesmas críticas e intervenções. Também temos dito que, se for um desejo do mercado, a garrafa de PET pode ser retornável, incorporando a vantagem de ser mais leve e inquebrável. Afinal, a sociedade precisa avaliar melhor esse discurso ambiental que tem beneficiado apenas interesses comerciais específicos”, avalia o presidente da Abipet.

Nenhum comentário:

Postar um comentário